Servidores produzem máscaras e respirador de baixo custo para ajudar na pandemia

Terça-feira, 30 de junho de 2020

Última modificação: Terça-feira, 30 de junho de 2020

Servidores produzem máscaras e respirador de baixo custo para ajudar na pandemia

Servidores produzem máscaras e respirador de baixo custo para ajudar na pandemia

Segunda-feira, 29 de junho de 2020, às 17h28

A pandemia resultante da disseminação do novo coronavírus colocou em xeque a capacidade de nosso sistema de saúde para enfrentar essa crise. Além de pensar em alternativas para as pessoas que precisam de atendimento, também se faz necessário desenvolver suporte para que os profissionais de saúde possam trabalhar de forma segura. Pensando nesses aspectos, os técnicos administrativos Diego Nascimento e Ana Rute Ribeiro, com a colaboração do professor e pesquisador George Sabino, da Faculdade de Ciências Médicas, desenvolveram o projeto “Produção de máscaras de proteção do tipo face shield e construção de respiradores de baixo custo utilizando impressão 3D”. A iniciativa foi aprovada em edital da Diretoria de Extensão e Desenvolvimento Comunitário (DEDC).

A primeira vertente do trabalho é o desenvolvimento de um respirador de baixo custo. Ele foi construído utilizando impressão 3D, a partir de modelos disponíveis em plataformas open source. Como explica Diego, que é engenheiro mecânico da Superintendência de Infraestrutura do CEFET-MG, o respirador tem cerca de 2% do custo de um respirador importado. “Ele poderá atuar no tratamento de casos mais simples do COVID-19, transporte de pacientes, treinamentos e fins didáticos”, afirma. Uma primeira versão foi submetida a testes no laboratório do Hospital João XXIII e uma segunda versão será testada na primeira semana de julho, quando será observado o sistema que realiza o controle do teor de oxigênio do ar que o paciente necessita. “Estamos muito confiantes em relação ao projeto pois ele cumpre os principais requisitos previstos pela nota técnica emitida pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira”, conta Diego.

O projeto também prevê a produção de cerca de 500 máscaras do tipo face shield. Elas serão entregues a unidades de pronto atendimento, postos de saúde, hospitais, equipes de resgate e para o suporte a atividades de outros projetos de extensão do CEFET-MG. Parte do material já foi produzido e já está em uso por profissionais da saúde na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Diego Nascimento conta que fazer parte desse projeto é importante e é um retorno à sociedade da sua formação – realizada toda em instituições públicas. “Ter a oportunidade de devolver um pouco desse investimento, quando é extremamente necessário, é muito gratificante”, afirma. “Isso mostra que as instituições públicas de ensino e pesquisa têm papel social ativo e que estão dispostas a dispor recursos, estrutura e profissionais para mitigar os efeitos desta pandemia, não se furtando da sua missão”.

 

Redação – Secretaria de Comunicação Social / CEFET-MG